sábado, 20 de março de 2010

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Quero-lhe ter, porque seu sorriso é um livro
Cujos mistérios erro para desvendar
E se os revelo, julgo-os tão bonitos
Que a nenhum outro se caberia igualar

Penso em si, eis que sua imagem da tarde,
Que inda agora veio a mim trazer alento,
Como da primeira vista tem a mesma eternidade
Qual faz-nos incólumes sobre o tempo

Tenho-lhe hoje, pois que pensar só não chegava
E procurar-lhe não é mais do que me atrevo
Quando a ânsia do meu peito só no seu se acalma

Vou consigo, porquanto tu não me farias
Numa noite desta de outono, amigo ermo
Tornar em segundos o que chamaram-se dias