segunda-feira, 3 de setembro de 2007

O ideal seria 30 horas / Sunshine

Estou atrasado. Eu sei, mas sei também que vocês vão me perdoar [Tólios, interceda por mim]. Caraleo! Nunca tinha dado tanto virote seguido na vida..

Uma verdadeira correria contra o tempo [mesmo desempregado..ora vejam só]. Calculo em 30 horas, 30 horas seriam suficientes, se nosso bendito dia de cada dia tivesse pelo menos um quarto a mais de tempo.. eu ficaria satisfeito, acho q daria para conciliar os deveres com as cachaças e os “ficar de bobeira”.

{Ô Deus, não é muito q lhe preço, apenas faça a Terra girar mais devagar} ..Estou o oposto de Mad, o menino em férias..

Caraleo.. neste momento reparo q esta é a primeira vez que escrevo diretamente como primeira pessoa nestas linhas.. hum.. agora preocupo-me. Pq talvez os novos leitores não estejam acostumados com os meus dois pontinhos..ou minhas intermináveis auto-interrupções – quando possível cabe apresentar o exemplo junto com a afirmação* – sim, confesso, não há parênteses ou colchetes suficientes para mim, mas estou determinado a inda um dia dar fim a esse vício.

Meu encargo é grande, fiquei por último e agora tenho q fechar essa rodada..mas depois do tempo “cicluoso” graduado de vv, da incessante busca renatórica do tempo perdido, que até coaduna um pouco com oq expressei, da nostalgia de mad misturada com lúcifer entregue em uma bandeja.. não ousarei tentar fazer intermináveis elucubrações aqui deste tema que de tão vasto, é complicado demais, embora simples. E assim, como eu disse, seria interminável. Contudo, pede-se, inda assim, um grand-finale.. e para isso segue a dica de um ótimo filme, sem mais mil introduções, passo a bola temática pra István Szabó [inaugurando uma nova sessão no blog e uma nova incumbência deste lerdo-enganado]:

Queres falar do tempo..queres refletir sua complexidade enquanto se emocionas com um bom drama.. or maybe you wanna just spend some good time? Então que assista a Sunshine ou “Sunshine – O despertar de um século”. E pq deveria? Pq quando terminares de assistir ao filme, mesmo passadas 3 horas inteiras, lamentarás q não tenha mais 3 horas.. ou perguntarás se não tem uma seqüência ou talvez sentirás vontade de “rebobinar” o DVD para reassitir. István Szabó conta a história de três gerações da família judaica húngara Sonnenscheins, passadas num dos séculos – se não o – mais turbulentos da História. Um épico, praticamente, conduzido pelo espirituoso narrador Ivan, que começa falando de seu tataravô, inventor dum tônico fortificante, cuja receita, conservada pelo filho, trará a prosperidade para q o primeiro personagem de Ralph Fiennes, Ignatz, consiga se tornar um juiz do império austro-húngaro, e, contrariando as tradições familiares, casar-se com sua irmã-adotiva Valerie, pela qual tb está apaixonado o seu irmão comunista. Ignatz tem dois filhos com Valerie, mas não os vê crescerem, pois se afasta por ocasião da primeira guerra mundial. Um deles é Adam, que se tornará exímio lutador de esgrima e herói nacional nas olimpíadas sitiada na Alemanha nazista [aqui nesta geração está uma das melhores cenas, quando Adam conquista a mulher com quem se casará]. Mesmo assim, o legado de amor proibido não terminará, [...]. Havia texto ali, mas o suprimi para não ficar contando (demais) a história do filme. Depois de passar pelo campo de concentração com seu pai, Ivan (terceira geração) entra para a polícia comunista para tentar caçar os fascistas e se vingar, no entanto, se envolve com outro amor proibido da história, no que descobre as farsas e ilusões da política, as quais parecem ser somente percebidas por Valerie, que, interessantemente, ficará como patriarca da família.

Enfim, é um filme detalhista, que fala sobre política, história, amores, preconceito, família e algo mais. Possui um visual belo, e mesmo as cenas mais lúgubres e fortes dão uma ótima fotografia. Alguns o criticam como um filme que peca por excesso de informação, no entanto, eu julgo que elas são necessárias para que as histórias sejam contadas na medida de seu peso. Uma ótima oportunidade para ver do que o tempo é capaz. Bom, não querendo mais me delongar, digo apenas q este figura na minha lista dos top10 e, é claro, aquele velho, recomendo.

[Sunshine, 1999, co-produção Áustria/ Canada/ Alemanha/ Hungria, Inglês, 179 min]

(*) Schopenhauer

(P.N.P.O.C.P.S.P.P.R.F.P:)

Não preciso do óbvio

Não insisto no ócio

Toda hora é tempo

E meu tempo

Lento

5 comentários:

  1. Finalmente...

    o óbvio
    o ócio
    o tempo
    meu tempo
    Lento, lerdo...

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  2. yeah.. +D~.. finally

    the next is vv.. in september 6

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  3. Valeu a pena a espera. Hehe.
    =)
    ___________

    Vv´s the next.

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  4. Cara, o que seria dos textos bons se não fossem os parênteses, os hifens e as auto-interrupções????
    Tirar os sinais gráficos pode ser até uma opção de estilo (Saramago naum pontua, convencionalmente, os textos dele, ne??)Mas aquilo que normalmente ficaria entre os parênteses não deve sumir.
    Eh dificil achar o ponto de ironia e humor sem usar sinais de indicação, mas eh um exercício bom. Eu nunca consegui fazer isso.
    Comentário grande, ne???? Eh pra puxar o saco dos amigos de Veu pra eles me acharem um pouco mais legal. Triste vicio da insegurança... vcs devem entender... Ainda mais depois de certos vídeos. hehehehe

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