É, pois é.. a Pixar conseguiu de novo. Fez-me(nos) cair o queixo e por pouquíssimo, chorar no cinema dessa vez. No ano passado, em 30 de dez. postei neste blog sobre os "bem-esperados filmes" que estreariam nesse ano, entre eles a animação WALL•E, sobre o qual escrevi "Já dá ares que vai ser o robô mais simpático de todos os tempos". Alguns fanáticos de Star Wars poderão não concordar, mas acho que eu não estava errado.
WALL•E é um robozinho solitário que trabalha na Terra, à época (ano 2700), inabitada; coletando e amontoando o lixo lá deixado pelos humanos, que agora vivem longe do planeta a bordo de uma espécie de nave-navio chamada Axiom. Enviado pela mega-empresa/governo Buynlarge Corporation para ajudar na desintoxicação do planeta, ele é um dos poucos robôs – se não o único – denominado Waste Allocation Load Lifters – Earth ("Compactador de material desperdiçado e levantador de carga – Terra") que restou¹. Mas WALL•E, claro, é um pouquinho (muito) diferente, enquanto vive sua rotina de ir pro trabalho todo dia e limpar a Terra, ele coleciona alguns "lixos" legais e curiosos que acha pelo caminho, além de sonhar e pensar se não existe um algo mais na vida, no universo, e tudo isso.
Um belo dia, algo mais chega. É a robô EVE, muito mais avançada tecnologicamente e enviada com uma missão especial à Terra; e nosso querido personagem, como todo babaca romântico que se preze², se queda enamorado/cai de amores/falls for/sintoniza as antenas/abestalha/enfim, ele gama na guria, a qual, naturalmente, não dá nem bola pro coitado. Tendo completado a missão, a nave-apêndice da Axiom que deixara EVE na Terra, volta para buscá-la. E nosso herói? O que acham? Vai pra casa chorar, como diz nossa³ querida professora de Processo Civil, ou vai além da lua buscar as estrelas?
O filme foi dirigido e roteirizado por Andrew Stanton, mesmo argumentista e um dos diretores de "Procurando Nemo", que continha uma das personagens mais carismáticas do cinema, a Dori, e que, ao tempo de seu lançamento, era citado como o grau máximo em excelência gráfica a que a Pixar – ou qualquer outro – havia chegado. No entanto, o estúdio veio mostrando que era possível ultrapassar seus próprios limites, trazendo-nos Os Incríveis, Carros, Ratatouille, os últimos transpondo a perfeição da animação dos anteriores e sempre com personagens carismáticos, a nível do ratinho cozinheiro [capa do meu caderno da escola].
Wall•E, suprindo todas as minhas expectativas desde que vi o teaser trailer, consegue englobar todo esse pacote e ter algo a mais, inovando no conceito de gênero de animação e alcançando um patamar de qualidade cinematográfica singular entre as tantas produções hollywoodianas a que estamos acostumados: das críticas sociais fortíssimas – a película mostra um tempo em que os humanos, vítimas do consumismo exagerado e do comodismo, são todos obesos que vivem em cadeiras flutuantes e não sabem mais andar, sendo auxiliados pelas máquinas para tudo, eles não interagem com outros humanos, o que leva os computadores a assumir o controle de suas vidas – às várias referências ao mundo do cinema – em sua coleção, Wall•E possui uma cópia do musical de Gene Kelly "Alô, Dolly!" de 1969, ao qual assiste diariamente e ensaia a coreografia dançada pelos atores ao som de "Put on your sunday clothes", cuja letra opera em favor da trama, além de ter uma explícita referência/homenagem a Kubrick, na qual são tocadas (numa cena em câmera lenta) "Also Sprach Zarathustra" de Richard Strauss, imortalizada pelo filme "2001: Uma odisséia no espaço" e a valsa "The blue Danube", também de Strauss, o que logo nos faz lembrar dos clássicos da Disney, parceira da Pixar que atua como distribuidora do filme – Wall•E, por sua simplicidade combinada com genialidade, efeitos e trilha sonora fodásticos fantásticos que nos fazem perceber a importância de se agradar aos ouvidos em matéria de audiovisual, destaca-se já como um dos melhores filmes do ano.
Apesar de ter reparado na sala do Moviecom que os representantes do público infantil (as crianças ora essa), ao fim da projeção, não saíram assim com umas caras tão animadas – diferente da empolgação que tinham com Nemo, a exemplo do meu primo de 6 anos que sabia de cor todas as falas dos peixinhos –, estou certo de que esse filme conquistará muita gente, grande e pequena, dos valentões que temem se emocionar diante de uma bela história aos que já vêem nos assuntos que envolvem robôs e ficção científica um ponto a menos para se cogitar sair de casa. O casal Wall•E e Eva, com seus olhos que dizem tudo e arrancam suspiros dengosos da sala e com suas vozes dotadas de incrível personalidade hão de cativar o pai mais ranzinza, incluindo aqueles fartos da tarefa árdua de ter que levar os filhos para assistirem aos Xuxa no mundo dos sei lá mais o quês.
É isso. E não era preciso dizer: Todos os oscars, globos, palmas, ursos, leões de ouro de animação para Wall•E! [Sem nem ter visto Kung-fu Panda ainda.. (se for o caso, faço retratação posterior)].
Wall-E (Wall-E / Wall•E) / Andrew Stanton (dir.), Jim Morris (prod.) / Animação / Walt Disney - Pixar / EUA / 27 de Junho de 2008
Antes de animação, WALL•E é uma história de amor; embora ele não esteja incluído no gênero romance nas grades dos cinemas, seria a definição mais correta. E uma história de amor entre robôs! ("Será o possível?") e robôs que não conversam.. ("Como é isso, Kakaroto?") e cujos olhos e voz são a única maneira de expressão.. ("=O"), e mesmo assim, um das melhores histórias que eu já vi.
WALL•E é um robozinho solitário que trabalha na Terra, à época (ano 2700), inabitada; coletando e amontoando o lixo lá deixado pelos humanos, que agora vivem longe do planeta a bordo de uma espécie de nave-navio chamada Axiom. Enviado pela mega-empresa/governo Buynlarge Corporation para ajudar na desintoxicação do planeta, ele é um dos poucos robôs – se não o único – denominado Waste Allocation Load Lifters – Earth ("Compactador de material desperdiçado e levantador de carga – Terra") que restou¹. Mas WALL•E, claro, é um pouquinho (muito) diferente, enquanto vive sua rotina de ir pro trabalho todo dia e limpar a Terra, ele coleciona alguns "lixos" legais e curiosos que acha pelo caminho, além de sonhar e pensar se não existe um algo mais na vida, no universo, e tudo isso.
Um belo dia, algo mais chega. É a robô EVE, muito mais avançada tecnologicamente e enviada com uma missão especial à Terra; e nosso querido personagem, como todo babaca romântico que se preze², se queda enamorado/cai de amores/falls for/sintoniza as antenas/abestalha/enfim, ele gama na guria, a qual, naturalmente, não dá nem bola pro coitado. Tendo completado a missão, a nave-apêndice da Axiom que deixara EVE na Terra, volta para buscá-la. E nosso herói? O que acham? Vai pra casa chorar, como diz nossa³ querida professora de Processo Civil, ou vai além da lua buscar as estrelas?
O filme foi dirigido e roteirizado por Andrew Stanton, mesmo argumentista e um dos diretores de "Procurando Nemo", que continha uma das personagens mais carismáticas do cinema, a Dori, e que, ao tempo de seu lançamento, era citado como o grau máximo em excelência gráfica a que a Pixar – ou qualquer outro – havia chegado. No entanto, o estúdio veio mostrando que era possível ultrapassar seus próprios limites, trazendo-nos Os Incríveis, Carros, Ratatouille, os últimos transpondo a perfeição da animação dos anteriores e sempre com personagens carismáticos, a nível do ratinho cozinheiro [capa do meu caderno da escola].
Wall•E, suprindo todas as minhas expectativas desde que vi o teaser trailer, consegue englobar todo esse pacote e ter algo a mais, inovando no conceito de gênero de animação e alcançando um patamar de qualidade cinematográfica singular entre as tantas produções hollywoodianas a que estamos acostumados: das críticas sociais fortíssimas – a película mostra um tempo em que os humanos, vítimas do consumismo exagerado e do comodismo, são todos obesos que vivem em cadeiras flutuantes e não sabem mais andar, sendo auxiliados pelas máquinas para tudo, eles não interagem com outros humanos, o que leva os computadores a assumir o controle de suas vidas – às várias referências ao mundo do cinema – em sua coleção, Wall•E possui uma cópia do musical de Gene Kelly "Alô, Dolly!" de 1969, ao qual assiste diariamente e ensaia a coreografia dançada pelos atores ao som de "Put on your sunday clothes", cuja letra opera em favor da trama, além de ter uma explícita referência/homenagem a Kubrick, na qual são tocadas (numa cena em câmera lenta) "Also Sprach Zarathustra" de Richard Strauss, imortalizada pelo filme "2001: Uma odisséia no espaço" e a valsa "The blue Danube", também de Strauss, o que logo nos faz lembrar dos clássicos da Disney, parceira da Pixar que atua como distribuidora do filme – Wall•E, por sua simplicidade combinada com genialidade, efeitos e trilha sonora fodásticos fantásticos que nos fazem perceber a importância de se agradar aos ouvidos em matéria de audiovisual, destaca-se já como um dos melhores filmes do ano.
Apesar de ter reparado na sala do Moviecom que os representantes do público infantil (as crianças ora essa), ao fim da projeção, não saíram assim com umas caras tão animadas – diferente da empolgação que tinham com Nemo, a exemplo do meu primo de 6 anos que sabia de cor todas as falas dos peixinhos –, estou certo de que esse filme conquistará muita gente, grande e pequena, dos valentões que temem se emocionar diante de uma bela história aos que já vêem nos assuntos que envolvem robôs e ficção científica um ponto a menos para se cogitar sair de casa. O casal Wall•E e Eva, com seus olhos que dizem tudo e arrancam suspiros dengosos da sala e com suas vozes dotadas de incrível personalidade hão de cativar o pai mais ranzinza, incluindo aqueles fartos da tarefa árdua de ter que levar os filhos para assistirem aos Xuxa no mundo dos sei lá mais o quês.
É isso. E não era preciso dizer: Todos os oscars, globos, palmas, ursos, leões de ouro de animação para Wall•E! [Sem nem ter visto Kung-fu Panda ainda.. (se for o caso, faço retratação posterior)].
Wall-E (Wall-E / Wall•E) / Andrew Stanton (dir.), Jim Morris (prod.) / Animação / Walt Disney - Pixar / EUA / 27 de Junho de 2008
Extra:
O próximo filme da Pixar/Disney já está em desenvolvimento e se chamará "Up". O filme tem previsão de lançamento para 29 de maio de 2009. Um artigo na revista Time revelou que Pete Docter seria o diretor, em entrevista à revista ele disse que o filme é "'uma história da Terceira Idade' sobre um senhor de seus setenta e poucos anos que vive numa casa que parece a 'casa dos seus avós: uma casa sebenta'. (...) Nosso herói viaja pelo mundo afora, luta contra monstros e vilões e come o seu jantar sempre às três e meia da tarde." (http://www.imdb.com/title/tt1049413/)_____________________________
¹ Alguém lembrou do Will Smith em Eu sou a Lenda?
² Qualquer semelhança com este lerdo enganado será mera coincidência.
³ Digo "nossa" porque ao menos dois integrantes deste blog são alunos dela (Martinha).
Poxa, Kakaroto, fiquei com uma vontade imensa de ver esse filme... acho que só de saber que tem o mesmo roterista de "Procurando Nemo", criador de Dori (que eu, aliás, adoro!!!!) e Carros, já estou convencida!!!
ResponderExcluirTa na lista do filmes que não posso deixar de assistir!
Xero!
Hehe eu li o spoiler...
ResponderExcluirDe fato, boa a resenha. Cá entre nós, tá ficando profissa esse blog!
=)
Bahhhh!!!
ResponderExcluirLindásso.
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