terça-feira, 31 de julho de 2007

*

Insone, eu velo
A madrugada em meu exílio
Aos amigos que esmero
Está confiado o meu abrigo

Nesta terra, palmeiras-arranha-céu
Encontro não tão amiúde
Mais me fazem lembrar
Da saudade, maior que pude

De súbito, um heartburn
A solidão veio trazer
Sem dizer a que parte, mas
Manda abraços a quem ler

À mesa da copa, tanto me sobra
Uma vastidão que logo alcança
A falta que me fazem
Os cafés da mesa redonda

Tenho em mim a agonia
De quem espera pelo óbvio
E deste nada sei
Não é ouro, nem paz; ignoro.

Instaurou em mim esse poema
O velho sabiá dos Dias
Velo por meu povo; me aguarde
Minha vitória da conquista


* Minha vez de parodiar Gonçalves Dias

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